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2012 - Livro Vermelho 2013

Clematis campestris A.St.-Hil. LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 06-08-2012

Criterio:

Avaliador: Danielli Cristina Kutschenko

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Clementis campestris é uma espécie subarbustiva ocorrente em ambientes de Mata Atlântica nos estados da Bahia, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Espírito Santo, entre 100-2500m de altitude. A espécie possui uma extensão de ocorrência de 1.453.026km². Apesar de ocorrer em ambientes com pressão de degradação a espécie possui ampla distribuição, é abundante e está bem representada em áreas protegidas. Desta forma,Clementis campestris é menos preocupante (LC).

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Clematis campestris A.St.-Hil.;

Família: Ranunculaceae

Sinônimos:

  • > Clematis hilarii ;
  • > Clematis campestris var. foliolis-angustioribus ;
  • > Clematis campestris var. foliolis-latioribus ;
  • > Clematis trifida ;
  • > Clematis triloba ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Descrita em Fl. Bras. Merid. 1: 3. 1824.

Distribuição

Ocorre nos estados da Bahia, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Sakuragui; Krauss, 2012); entre 100-2500m de altitude(Wen-Tsai, 2004).

Ecologia

Caracteriza-se por subarbustos; floresce de Outubro a Maio (Wen-Tsai, 2004).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes ​AMata Atlântica já perdeu mais de 93% de sua área (Myers et al., 2000) e menos de 100.000 km² de vegetação remanesce.Algumas áreas de endemismo, como Pernambuco, agora possuem menos de 5% de suafloresta original (Galindo-Leal & Câmara, 2003). Dez porcento da coberturaflorestal remanescente foi perdida entre 1989 e 2000 apenas, apesar deinvestimentos consideráveis em vigilância e proteção (A. Amarante, dados nãopublicados). Antes cobrindo áreas enormes, as florestas remanescentes foramreduzidas a vários arquipélagos de fragmentos florestais muito pequenos, bastanteseparados entre si (Gascon et al., 2000). As matas do nordeste já estavam emgrande parte devastadas (criação de gado e exploração de madeira mandada para aEuropa) no século XVI (Coimbra-Filho & Câmara, 1996). Dean (1996)identificou as causas imediatas da perda de habitat: a sobrexplotação dos recursosflorestais por populações humanas (madeira, frutos, lenha, caça) e a exploraçãoda terra para uso humano (pastos, agricultura e silvicultura). Subsídios dogoverno brasileiro aceleraram a expansão da agricultura e estimularam asuperprodução agrícola (açúcar, café e soja; Galindo-Leal et al., 2003; Young,2003). A derrubada de florestas foi especialmente severa nas últimas trêsdécadas; 11.650km2 de florestas foram perdidos nos últimos 15 anos (284 km² pordia; Fundação SOS Mata Atlântica & INPE, 2001; Hirota, 2003). Em adição àincessante perda de hábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadaspela extração de lenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas eprodutos vegetais e invasão por espécies exóticas (Galetti & Fernandez,1998; Tabarelli et al., 2004) (Tabarelli, M. et al., 2005).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Observações: Espécie considerada Extinta (EX) pela Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).

4.4.3 Management
Observações: Ocorre em Unidades de Conservação: Parque Nacional do Monte Pascoal e RPPN Água Branca, no estado da Bahia; Parque Estadual de Vila Velha, no Paraná; e Parque Nacional da Serra da Bocaina, em São Paulo (CNCFlora, 2012).

Referências

- SAKURAGUI, C.M.; KRAUSS, N.P.S. Clematis campestris in Clematis (Ranunculaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB013814>.

- OLIVEIRA, C.T. Clematis campestris. In: STEHMANN, J.R.; FORZZA, R.C.; SALINO, A. ET AL. Plantas da Floresta Atlântica. p.446-447, 2009.

- TABARELLI, M.; PINTO, L.P.; SILVA, J.M.C.; ET AL. Desafios e oportunidades para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica brasileira., Megadiversidade, p.132-138, 2005.

- WEN-TSAI, W. A revision of Clematis sect. Aspidanthera s.l. (Ranunculaceae)., Acta Phytotaxonomica Sinica, v.42, p.1-72, 2004.

Como citar

CNCFlora. Clematis campestris in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Clematis campestris>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 06/08/2012 - 18:38:16